Entre 1991 e 2007, mais de 12 mil mulheres foram mortas por casamentos proibidos no Curdistão; mudança na lei disfarça estatística
Servindo pequenos copos de chá açucarado, Qadir Abdul-Rahman Ahmed contou a história de sua relação com seus vizinhos. Não era verdade, ele disse, que seus irmãos tinham ameaçado afogar sua sobrinha se ela tentasse se casar com o rapaz que vivia na rua vizinha.
"Nós não somos contra a humanidade", explicou. "Eu disse ao meu irmão, se ela quer casar você não pode detê-la".
Mas o casal nunca deveria ter se casado sem permissão. "A menina e o menino precisavam ser mortos", ele disse. "É uma questão de honra. Honra é mais importante para nós do que religião".
Os assassinatos de honra tem uma longa história no Iraque e na região semiautônoma do Curdistão. Mas, mesmo aqui, a história desse casal se destacava porque o homem foi morto e não a mulher, além do peso político das famílias em conflito.
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