Ação da PF contra o tráfico de drogas no interior de São Paulo prendeu pelo menos 30 pessoas em três Estados (Agência Estado)
Em
operação realizada em São Paulo, Mato Grosso e Rondônia, a Polícia Federal (PF)
e o Grupo Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) prenderam ontem, quinta-feira (11), pelo menos 30 pessoas,
entre elas um advogado, um PM, uma guarda municipal e três suspeitos de
comandar células regionais do Primeiro Comando da Capital (PCC), acusados de
pertencer a uma quadrilha de traficantes de drogas que agia na região de São
José do Rio Preto (SP) e na capital paulista.
Investigado
desde janeiro de 2011, o grupo mantinha comparsas dentro de presídios do
interior paulista, de onde partiam orientações sobre a compra e distribuição da
droga. Um advogado, uma guarda municipal e um PM de Catanduva foram detidos por
passar informações de traficantes presos para traficantes do lado de fora dos
presídios. O advogado era responsável por informações sobre as atividades do
grupo, enquanto a PM e a guarda municipal, antecipavam possíveis blitze que
seriam feitas nas cidades da região.
A
operação, chamada Gravata, contou com 230 agentes federais, promotores e PMs
que cumpriram 80 mandados em cidades do interior de São Paulo, em Cáceres e
Cuiabá, no Mato Grosso, e em cidades de Rondônia. Os agentes da PF apreenderam
na madrugada desta quinta-feira uma carreta com 10 quilos de cocaína em São
José do Rio Preto. Desde o início das investigações, a PF apreendeu mais de 70
quilos da droga.
De
acordo com o delegado Gustavo Andrade Carvalho Gomes, o entorpecente era fornecido
por um dos núcleos da quadrilha, estabelecidos em cidades do Mato Grosso e de
Rondônia, onde também foram presos oito suspeitos. A droga era levada a São
José do Rio Preto por caminhões e carros de passeios. Três homens, suspeitos de
serem líderes regionais do PCC, também foram presos. Eles seriam responsáveis
por receber e distribuir as drogas.
Além da
carreta, a PF apreendeu sete veículos de passeio, que seriam usados no
transporte de entorpecente e uma quantia de US$ 110 mil e R$ 42 mil em dinheiro.
Também foram apreendidas três armas de fogo em poder dos suspeitos. De acordo
com a PF, outros núcleos da quadrilha estão sendo investigados, e alguns
suspeitos encontram-se foragidos.
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