Chile rejeita na ONU pedido da Bolívia de acesso ao mar
O ministro das Relações Exteriores do Chile, Alfredo Moreno,
rejeitou "categoricamente" o pedido que a Bolívia formulou a seu país
para obter uma saída ao mar, alegando que não existem problemas de limites
pendentes entre as nações, já que os estabelecidos no Tratado de 1904 são
respeitados plenamente.
"A Bolívia carece
de um direito para reivindicar uma saída soberana ao mar", afirmou Moreno
nesta sexta-feira na Assembleia Geral da ONU, acrescentando que "o Chile
cumpriu cabalmente as obrigações contraídas" no citado tratado, cuja
renegociação pediu o presidente da Bolívia, Evo Morales, em seu discurso de
quarta-feira no mesmo fórum.
O ministro declarou que seu país permite "o mais amplo
livre trânsito" por seu território, "através de uma infraestrutura de
ótima qualidade, como reconhecem os próprios bolivianos", assim como que
"o respeito aos acordos de limites entre países vizinhos é uma base de
convivência e garantia da paz internacional".
Em seu discurso perante a 67ª sessão da Assembleia Geral,
Morales reivindicou que o Chile não podia "ignorar o direito boliviano e
prolongar o fechamento geográfico imposto pela força", e solicitou o
acompanhamento da comunidade internacional para pôr fim ao
"enclausuramento" de seu país e reparar este "dano
histórico". O Tratado de Paz e Amizade de 1904 fixou a soberania chilena
sobre territórios que a Bolívia perdeu durante a Guerra do Pacífico, entre 1879
e 1884 desde 1978.
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