Um dos políticos mais cotados para
assumir o lugar de Hu Juntao na presidência, Xi Jinping desmarcou três reuniões
com autoridades internacionais na última semana (foto: AP –Texto: IG São Paulo)
Um mistério ronda a alta cúpula do governo chinês. O
provável novo presidente da China, Xi Jinping, não é visto em público há quase
nove dias, justo quando o país prepara-se para uma das maiores mudanças de
sua história recente. Na semana passada, ele cancelou encontros com a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, e com o
primeiro-ministro de Cingapura. Nesta segunda-feira, Xi Jinping
não apareceu para uma reunião com o primeiro-ministro da Dinamarca.
O que intriga a comunidade
internacional é que não houve, em nenhum desses casos, uma declaração oficial
do Partido Comunista da China. "Há vários boatos sobre o estado de
saúde de Xi Jinping", afirmou um jornalista chinês ao New York Times, que
pediu para não ser identificado.
O suposto sumiço adiciona nova dose
de tensão à conturbada transição na cúpula do governo chinês. Há alguns meses,
um dos líderes do partido, Bo Xilai, foi retirado dos holofotes após sua
mulher ser acusada de assassinar um executivo britânico. Em agosto, outra
polêmica: o filho de um influente assessor de Hu Jintao morreu em um
acidente envolvendo duas mulheres e uma Ferrari.
Até o momento, o país não definiu uma data para a
transição no governo. A expectativa é que Hu Juntao deixe o poder no próximo
mês.
Algumas fontes dizem que Xi Jinping machucou suas
costas enquanto jogava futebol e por isso decidiu cancelar os encontros com as
autoridades internacionais. Porém, o Ministro de Relações Internacionais da
China disse que a reunião entre Xi Jinping e o primeiro-ministro da
Dinamarca, Helle Thorning-Schimidt, sequer estava agendada, aumentando ainda
mais a boataria.
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