"O grupo já estava
se separando", afirma baixista (iG
São Paulo)
Em uma entrevista com o
apresentador britânico David Frost, marcada para ir ao ar no próximo mês, Paul
McCartney nega definitivamente as especulações de que o relacionamento de Yoko
Ono com John Lennon teria provocado a separação dos Beatles.
Segundo ele, embora a
presença da artista japonesa nos ensaios realmente atrapalhasse, o destino da
banda era inevitável. "Yoko certamente não separou o grupo, o grupo já
estava se separando", disse McCartney, em declaração adiantada pelo jornal
The Guardian.
Paul declarou ainda que
Yoko, alvo da antipatia de fãs desde 1970, ano da dissolução dos Beatles, foi
responsável por expandir os horizontes de Lennon para a arte e que, sem ela,
dificilmente músicas como "Imagine" existiriam.
"Não acho que ele
teria feito nada disso sem Yoko. Quando ela apareceu, parte de seu apelo era o
lado avant garde, sua visão das coisas, e mostrou a ele um novo jeito de ser.
Então era hora de John sair, com certeza faria isso de um jeito ou de
outro", afirmou, lembrando que a o grupo acabou na hora certa, para deixar
um legado "bacana".
McCartney demonstrou
rancor, isso sim, com o empresário Allen Klein, que passou a gerenciar os
Beatles após a morte de Brian Epstein em 1967. A influência de Klein teria
estimulado Paul, que esmurrou uma foto do empresário, a entrar em conflito com
os demais membros da banda. "Eu estava brigando com os três caras que
tinham sido meus amigos de alma a vida inteira. Queria era brigar com
Klein."
McCartney conta que um
dos motivos pelo qual ele e John foram muito próximos é que ambos perderam suas
mães ainda na juventude. A mãe de Lennon foi morta após ter sido atropelada,
quando ele tinha 17 anos. McCartney perdeu sua mãe quando ele tinha 14 anos de
idade.
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