Vinicius de Moraes
completaria 99 anos nesta sexta-feira (Portal Terra)
Cantor e compositor,
conhecido como um boêmio inveterado, fumante e apreciador de uísque, Vinicius
de Moraes completaria 99 anos sexta-feira (19), data que marca também o
início das comemorações e eventos em homenagens ao seu centenário, em 2013.
Autor de clássicos como
Chega de Saudade, Eu Sei que Vou Te Amar e Garota de Ipanema, Vinícius de
Moraes foi parceiro de grandes nomes da Música Popular Brasileira, como Tom
Jobim e Chico Buarque. Sua obra é vasta, passando pela literatura, teatro,
cinema e música.
Vinicius de Moraes
morreu no Rio de Janeiro, no dia 9 de julho de 1980, devido a problemas
decorrentes de isquemia cerebral, aos 66 anos.
Vida e obra
Filho do funcionário
público e poeta Clodoaldo Pereira da Silva e da pianista Lídia Cruz, Vinicius
de Moraes já mostrava interesse por poesia desde pequeno. Ingressou no colégio
jesuíta, Santo Inácio, onde fez os estudos secundários. Entrou para o coral da
igreja, onde desenvolveu suas habilidades musicais. Em 1929, iniciou o curso de
Direito da Faculdade Nacional do Rio de Janeiro.
Em 1933, ano de sua
formatura, publicou O Caminho Para a Distância. Não exerceu a advocacia.
Trabalhou como censor cinematográfico, até 1938, quando recebe uma bolsa de
estudos e foi para Londres. Estudou inglês e literatura na Universidade de
Oxford e trabalhou na BBC londrina até 1939.
A união profissional
com Toquinho foi considerada a mais produtiva e rendeu músicas importantes
comoAquarela, A Casa, As Cores de Abril, Testamento, Maria Vai com as Outras,
Morena Flor, A Rosa Desfolhada,Para Viver Um Grande Amor e Regra Três.
Já a produção poética
de Vinicius passou por duas fases. A primeira é carregada de misticismo e
profundamente cristã, como expressa em O Caminho para a Distância e em Forma e
Exegese. A segunda fase fala sobre o cotidiano, e nela se ressalta a figura
feminina e o amor, como em Ariana, A Mulher.
O autor também se
inclinou para os grandes temas sociais do seu tempo. O carro chefe é A Rosa de
Hiroshima. A parábola O Operário em Construção alinha-se entre os maiores
poemas de denúncia da literatura nacional: "pensem nas crianças/ Mudas
telepáticas/ Pensem nas mulheres/ Rotas alteradas/ Pensem nas feridas / Como
rosas cálidas".
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