Ministro Revisor do
processo Mensalão foi desacatado por eleitores em S.Paulo
O presidente do Supremo
Tribunal Federal, ministro Ayres Britto (foto), solidarizou-se, nesta
segunda-feira, com o seu colega Ricardo Lewandowski, que foi insultado por
algumas pessoas neste domingo, quando se dirigia à sessão eleitoral onde votou,
em São Paulo, em conseqüência dos votos que vem proferindo pela absolvição dos
principais réus da ação penal do mensalão.
Ayres Britto telefonou
para Lewandowski ainda no domingo, e dele ouviu a versão de que não houve “uma
agressão coletiva, nem grupal”, mas uma “indelicadeza” por parte de uma mulher,
e um comentário ofensivo proferido por um mesário. “Se fosse algo mais encorpado, seria
extremamente preocupante”, comentou com jornalistas o presidente do STF.
“No âmbito dos colegiados (tribunais) o
pluralismo se manifesta com base na liberdade do voto", argumentou
Ayres“No âmbito dos colegiados (tribunais) o pluralismo se manifesta com base
na liberdade do voto", argumentou Ayres
Com relação aos
constantes bate-bocas, no transcorrer das sessões de julgamento do mensalão,
entre o ministro-relator Joaquim Barbosa e o ministro-revisor Ricardo
Lewandowski, o presidente do STF considerou normal “a elevação da temperatura
no decorrer do contraditório”. Mas garantiu que todos acabam se desculpando
mutuamente por algum excesso, como ocorreu na semana passada, publicamente,
depois de uma discussão tensa em que Joaquim Barbosa chegou a perguntar se
Lewandowski “advogava” para Marcos Valério, tendo em vista o abrandamento da
pena do réu defendida pelo ministro-revisor.
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