Em
voto "indignado", Celso de Mello condena 12 réus no STF (Portal Terra)
Membro mais antigo do Supremo
Tribunal Federal (STF), o ministro Celso de Mello fez, até o momento, as mais
duras críticas à compra de votos desde o início do julgamento da ação penal do
mensalão. Em um voto que resultou na condenação de 12 réus apontados nesta fase
do processo, o ministro afirmou que a corrupção compromete valores sociais e a
eficácia na implementação de políticas públicas, além de afetar diretamente a
democracia.
"Esses vergonhosos atos de
corrupção parlamentar profundamente lesivos à dignidade do ofício legislativo e
à respeitabilidade do Congresso, alimentados por transações obscuras, idealizadas
e implementadas em altas esferas, devem ser condenados e punidos com peso e o
rigor da lei. Esse quadro de anomalia revela as gravíssimas consequências que
derivam dessa aliança profana entre corruptos e corruptores, desse gesto infiel
e indigno de agentes corruptores e corruptos, verdadeiros marginais do
Poder", afirmou o ministro.
Celso de Mello surpreendeu o
plenário ao votar pela condenação de todos os dez réus acusados de corrupção
passiva, de 12 acusados de lavagem de dinheiro e também de sete réus acusados
de formação de quadrilha. Com o voto do ministro, já há maioria para a
condenação do deputado federal Pedro Henry (PP-MT) e do ex-tesoureiro do PTB
Emerson Palmieri por corrupção passiva.
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