Policial acusado de integrar grupo de extermínio falsificava
registro de furto das próprias armas
Para tentar encobrir os homicídios em que estava envolvido,
cometidos com as armas registradas em seu nome, o ex-policial civil Marcos Cruz
Vieira costumava fazer falsos registros de furto de revólveres e outra armas.
Preso na última terça-feira, ele é acusado de comandar um grupo de extermínio
que atuava em São Gonçalo.
Armas apreendidas com o ex-policial civil Marcos Cruz Vieira Foto: Divulgação - (Paulo Carvalho)
Armas apreendidas com o ex-policial civil Marcos Cruz Vieira Foto: Divulgação - (Paulo Carvalho)
A primeira comunicação foi feita na 74ª DP (Alcântara) em
2001. Marcos contou que havia parado seu carro, um Gol cinza na Rua José
Tainala, no bairro Jardim Miriambi. Quando retornou, um dos vidros estaria
quebrado. Um revólver calibre 38 que, segundo ele, estava debaixo de um dos
bancos, teria sido levado.
Em 2003, outros dois falsos registros foram feitos, ambos na
76ª DP (Niterói). Neles, Marcos contou que teve uma escopeta e uma carabina
roubados. A farsa do ex-policial acabou sendo desmascarada na terça-feira.
Durante operação para cumprir mandados de prisão e busca e
apreensão contra ele, agentes da Delegacia de Homicídios de Niterói e São
Gonçalo (DHNSG) localizaram duas dessas armas, a escopeta e o revólver calibre
38. As armas estavam exatamente na residência do acusado de homicídios.
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