Quem foi julgado hoje foi o
coronel Ubiratan, diz advogado - Portal Terra
Após a absolvição de Carla
Cepollina, que era acusada pela morte de seu ex-namorado, o coronel Ubiratan
Guimarães, o advogado de acusação, Vicente Cascione, diz que foi Ubiratan quem
foi julgado nesta quarta-feira, na saída do 1º Tribunal do Júri de São Paulo.
"Eu represento os filhos do
coronel e eles não tem dúvida nenhuma de quem é a autora. O coronel é um réu
difícil. Ele é réu para a vida toda. (O massacre do Carandiru) influenciou. Ele
foi massacrado durante anos, anos e anos como autor de um massacre que não
houve", afirmou o advogado.
Ele disse ter recebido o
resultado com naturalidade. "Ou os jurados julgavam pela prova ou por
outras razões. Julgaram o coronel Ubiratan, condenaram o coronel Ubiratan.
Julgaram constrangidos porque tiveram de afrontar a prova. Mas eu respeito a
decisão dos jurados", disse ele.
Em sua opinião, em muitos casos,
o júri abandona a prova. "Eles reconheceram que o coronel foi morto
naquele horário que nós sustentamos e só estava ele e a ré (no
apartamento)".
Ele disse que ainda não sabe se
vai recorrer da decisão e que isso passa por uma conversa com a família.
"Eu acho que neste momento não tenho de dar uma resposta. Eu quero ver se
vou fazer isso ou não".
O promotor João Carlos Calsavara
pediu desculpas à família de Ubiratan e disse que não pretende recorrer.
"Quem foi julgado hoje foi o coronel Ubiratan. Ele foi condenado duas
vezes e agora não nos resta mais nada. Só aceitar o que a sociedade de São
Paulo quis".
Na opinião dele, a decisão do
juri está ligada à falta de credibilidade da polícia paulista. "Ele foi o
ícone de uma década. É o que a sociedade quer: a polícia caçada nas ruas. Peço
perdão à família da vítima. É o que a população pensa da polícia de São Paulo
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