Manifestante oposicionista é revistada ao render-se nesta quarta-feira (19) em Bangcoc. (Foto: AFP)A Tailândia amanheceu nesta quinta-feira (horário local) depois de um dia caótico e de um toque de recolher que vigorou das 20h às 6h (10h-20h em Brasília), o que não impediu que confrontos isolados fossem registrados em ruas escuras.
Pelo menos seis pessoas morreram na quarta-feira na invasão militar do acampamento dos manifestantes contrários ao governo, no centro da capital tailandesa, levando os líderes do movimento a se renderem. Soldados, autorizados a alvejar saqueadores e incendiários, continuaram as operações ao longo da noite.
O toque de recolher foi imposto inicialmente na capital, mas posteriormente ampliado para 21 províncias, depois de distúrbios em sete regiões, especialmente o norte, reduto dos "camisas vermelhas", que há semanas exigem a renúncia do governo e a convocação de eleições imediatas.
Os manifestantes são em sua maioria camponeses pobres, seguidores do ex-premiê Thaksin Shinawatra, deposto por militares em 2006. Eles acusam Abshisit, eleito indiretamente com apoio das Forças Armadas, de não ter legitimidade para governar.
Condenado por corrupção, o bilionário Thaksin vive fora do país. Por telefone de um local não revelado, ele disse à Reuters que a repressão militar aos manifestantes pode desencadear uma guerra de guerrilhas.
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