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quarta-feira, 8 de agosto de 2012

ADVOGADOS DE DEFESA CRITICAM AÇÃO DO STF

Advogados criticam julgamento do mensalão e acusam STF de desprezar ampla defesa

Os advogados dos réus no julgamento do mensalão estão revoltados com a forma como o Supremo Tribunal Federal (STF) vem conduzindo os trabalhos nesses primeiros dias. A rapidez da mais alta Corte do País, segundo os advogados, vai de encontro ao direito da ampla e irrestrita defesa dos réus. Até agora, todas as questões de ordem levantadas pelos advogados foram negadas pelo plenário do STF.

 Nesta quarta-feira, o julgamento entra em seu quinto dia para ouvir as defesas dos três réus do Banco Rural, do deputado João Paulo Cunha (PT-SP) e do ex-ministro Luiz Gushiken, cuja absolvição foi pedida pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel, na última sexta-feira.

Na segunda-feira, o advogado Marcelo Leonardo, que representa o publicitário Marcos Valério, acusado de ser o operador do mensalão, apresentou uma questão de ordem pedindo mais tempo para suas exposições orais sob o argumento de que o réu é o que responde ao maior número de crimes no processo. Ele teve o pedido negado.

O advogado da ex-executiva do Banco Rural Kátia Rabelo, José Carlos Dias, também apresentou questão de ordem contra o cerceamento do direito de defesa. Ele questionou o fato de apresentar sua defesa para um plenário com um ministro a menos. Cármen Lúcia, que também preside o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), teve de se retirar no intervalo da sessão alegando compromissos no órgão. Novamente a questão de ordem foi negada pelo Supremo. 

O advogado do publicitário Marcos Valério, Marcelo Leonardo, se une ao coro dos críticos ao Supremo. "O STF está tendo uma extraordinária preocupação com o cronograma, mas a preocupação deveria ser com a Constituição", afirmou.

Leonardo Yarochewsky, advogado que defendeu Simone Vasconcelos, afirmou que claramente essas medidas confirmam o cerceamento da liberdade de defesa dos réus. “A questão é que não temos para onde apelar. Se continuar assim, teremos que procurar a OEA (Ordem dos Estados Americanos)”, disse Yarochewsky.

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