Réu “não é troféu” a ser sacrificado pela
mídia
O
defensor de Marcos Valério — acusado pelo Ministério Público de ser o principal
operador do mensalão — pediu a sua absolvição, na sessão desta segunda-feira do
Supremo Tribunal Federal, dos crimes de quadrilha, corrupção ativa (11 vezes),
peculato (seis vezes), lavagem de dinheiro (65 vezes) e evasão de divisas (53
vezes).
A
sustentação oral do advogado Marcelo Leonardo durou poucos minutos a mais do
que o limite de uma hora concedido aos advogados de defesa. Ele havia pedido,
em questão de ordem levantada na última sexta-feira, que tivesse tempo um pouco
maior, mas não foi atendido pelo presidente da Corte, ministro Ayres Britto.
Assim
como os defensores dos demais réus do principal “bloco” da Ação Penal 470, o
advogado Marcelo Leonardo tentou sublinhar a insuficiência (ou inexistência) de
provas por parte da Procuradoria-Geral da República. campanha eleitoral.
Com
relação à acusação de corrupção ativa do ex-presidente da Câmara dos Deputados
João Paulo Cunha (réu no processo por crimes de corrupção passiva, peculato e
lavagem de dinheiro), o defensor de Marcos Valério tentou mostrar que não foi
feito nenhum repasse ao parlamentar, no intuito de privilegiar a agência SMP
& B.
“As acusações de corrupção e tratamento
privilegiado na Câmara às empresas de Valério são fruto de criação mental do
acusador, e não há prova de nenhum ato de ofício”, sublinhou o advogado.
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