Poucos países têm registros do
fenômeno, que é raríssimo
Fazendo o caminho inverso dos
raios normais, que se originam nas nuvens e descem até o chão, os raios ascendentes
sobem de pontos próximos da superfície para o céu
O Grupo de Eletricidade
Atmosférica (Elat) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe)
registrou pela primeira vez imagens de raios ascendentes no Brasil. Até então,
nunca havia sido documentada a incidência de raios deste tipo no País.
A captura dos raios ascendentes
foi feita emuma das torres situadas sobre o Pico do Jaraguá, na cidade de São
Paulo. De acordo com o Elat, foram registrados mais quatro deles em menos de 20
minutos de espera.
Diferente da maioria dos raios
normais (99%), que vêm das nuvens para o solo, os raios ascendentes (1%) fazem
o caminho inverso, partindo de algum ponto da superfície. Em lugares altos,
esta regra se inverte, sendo que os raios que se originam das nuvens se tornam
minoria.
De acordo com os pesquisadores, a
incidência de raios ascendentes é ocasionada por alterações ambientais
produzidas pela atividade humana e se originam em locais muito altos, como
torres de telecomunicação, ou para-raios de edifícios.
O estudo deste tipo de raio pode
ajudar os pesquisadores a mapear as áreas em que ele ocorre e impedir grandes
prejuízos por conta do fenômeno. Poucos países obtiveram imagens deste
fenômeno, entre eles os Estados Unidos, o Canadá, o Japão e a Áustria. Ainda
assim, há pouco conhecimento sobre a física e as características dos raios
ascendentes, o que torna este registro ainda mais importante para as pesquisas.
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