Mensalão:
maioria no STF vota por condenar João Paulo Cunha e Valério
A maioria dos
ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quarta-feira (29)
condenar o deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP) por corrupção passiva
(receber vantagem indevida) e peculato no processo do mensalão. Cunha foi
acusado de receber R$ 50 mil no ano de 2003, quando era presidente da Câmara,
para beneficiar agência de Marcos Valério.
Além de condenar Cunha, a maioria também decidiu pela
condenação de Marcos Valério e seus ex-sócios Ramon Hollerbach e Cristiano Paz
por corrupção ativa (oferecer vantagem indevida) e peculato em relação aos
desvios na Câmara.
As penas para os réus que vierem a ser condenados só
serão conhecidas ao final do julgamento – entenda como será feito o cálculo das
sentenças.
Oito dos 11 ministros do Supremo já consideraram o
parlamentar e o grupo de Marcos Valério culpados: Cezar Peluso, Gilmar Mendes e
Marco Aurélio Mello, que votaram nesta quarta, e Rosa Weber, Luiz Fux, Cármen
Lúcia e Joaquim Barbosa que já haviam apresentado sua posição. A maioria pela condenação
se formou com o voto de Mendes.
Sobre a segunda acusação de peculato a João Paulo
Cunha, que foi o suposto desvio de R$ 252 mil de contrato com agência de
Valério para contratação de assessor particular, o parlamentar foi inocentado
pela maioria dos ministros (seis dos 11 magistrados): Ricardo Lewandowski, Dias
Toffoli, Rosa Weber, Cezar Peluso, Gilmar Mendes e Celso de Mello. Quatro dos
ministros votaram pela condenação: Marco Aurélio, Barbosa, Fux e Cármen Lúcia.
Em relação ao crime de lavagem de dinheiro também
contra Cunha, cinco ministros dos 11 ministros da corte votaram pela condenação
- Gilmar Mendes e Celso de Mello nesta quarta e Joaquim Barbosa, Luiz Fux e
Cármen Lúcia. Outros quatro foram pela absolvição - Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli,
Cezar Peluso e Marco Aurélio Mello. Rosa Weber informou, ao dar seu voto, que
analisaria a questão posteriormente.
Os dois ministros que votaram pela absolvição de Cunha
foram Dias Toffoli e o ministro-revisor Ricardo Lewandowski. Todos podem mudar o
voto até a proclamação do resultado, que ocorre no fim do julgamento.
Até agora, dez ministros já deram seus votos em
relação ao item 3 da denúncia da Procuradoria Geral da República, sobre desvio
de verbas na Câmara dos Deputados e no Banco do Brasil, primeiro dos sete
tópicos que serão analisados pelo Supremo. (Fonte: G1)
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