EU PREFIRO ESPERAR!
Juarez Vicente de Carvalho
Depois de
40 anos atuando na imprensa regional, tem certas “notícias” que eu preciso
esperar para que o tempo prove que são realmente
notícias.
É que já vi os chamados “rebates falsos” e para que
não faça injustiças deixo que os mais afoitos façam as suas manchetes,
divulguem em primeiro lugar (furo de reportagem) para que após os resultados eu
faça com calma e com exatidão a minha noticia a notícia verdadeira.
A experiência me dá esta calma. Lembro-me muito bem
que há uns 25 anos eu e o jornalista Ederivaldo Benedito (Bené) estávamos na
Ceplac em uma das reuniões mensais do Conselho Consultivo dos produtores de
cacau (CCPC) quando uma pessoa nos chamou: “tenho um furo para vocês dois. Não
passem para ninguém. Vocês vão vender muitos jornais”.
Confidenciou uma informação dos anos 50 como se fosse
atual e que a acusação não foi para frente por falta de provas.
“Vamos apurar”, disse Bené. Fomos e conversamos com um
dos mais velhos conselheiros do colegiado que nos informou: “essa notícia é dos
anos 50. Nada foi provado contra o cidadão”.
Se fossemos precipitados seríamos processados por caluniar
alguém, injuriar alguém ou difamar alguém.
Atualmente vejo de camarote algumas entrevistas ou
denúncias e fico à vontade para esperar os acontecimentos.
Por exemplo: O Ministério Público que antes era um
órgão que ajuizava as suas ações sem muitos comentários hoje, muitas vezes
antes de ajuizar a denúncia ou representação divulga o teor do feito.
E se o juiz negar o pedido ou mandar arquivar por
falta de provas como fica? Quem for denunciado (mesmo sendo inocente) terá seu
nome divulgado.
E aí quem será punido? Para o promotor cabe
representação. E para o blogueiro, o radialista, o jornalista?
Por isso prefiro esperar. Quem quiser dê o seu “furo”!
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