Faz aniversario neste sábado, 25 de agosto, o radialista
Orlando Cardoso.
Falar de Orlando é fácil. É só dizer: é sério, competente
e um grande companheiro!
Para falar mal de Orlando também é fácil. É só dizer: é
verdadeiro!
Há décadas no rádio, Orlando Cardoso é um mito
radiofônico. Já se passaram 50 anos e Ele continua com o mesmo ritual:
diariamente prepara com carinho o melhor que ele pode fazer para os seus queridos
ouvintes.
E observem que conheço um pouco de rádio e conheço um
pouco Orlando Cardoso.
No final de 60 ingressei na Rádio Clube de Itabuna
como operador de som. Com interesse (pois o rádio me fascina até hoje) consegui
fazer quase tudo. Repórter, redator, discotecário, locutor. Só nunca narrei futebol.
Também é demais.
Em 75 foi para Rádio Difusora onde fui acolhido por Orlando
Cardoso, Jorge Eduardo. Em 1976, Eu, Jorge Eduardo, Dedé (Edvaldo Silva) e Nilson
Andrade, conseguimos uma façanha quase impossível: convencer Orlando Cardoso a
se candidatar a vereador.
Não foi fácil! Mas conseguimos. À época Orlando estava
noivo da professora Jô, com quem se casou em agosto de 1976.
Tínhamos a nossa ferramenta de trabalho que era o
fusquinha de Orlando (Publita – Empresa dele!). Durante o dia era propaganda da
clientela de várias cidades da região. À noite fazíamos política.
Eu, Dedé e Jorge conseguíamos através de amigos nossos e do próprio Orlando reunir
pessoas para que fosse apresentada a plataforma política do nosso candidatos.
Juntamente com as lideranças andávamos
nas ruas dos bairros fazendo o convite para o palestrante da noite. O pessoal
se animava. Afinal quem iria fazer a
palestra era Orlando Cardoso.
“Fiquem com o carro, está aqui o dinheiro para colocar
gasolina e o da cerveja de vocês. Sete horas passem lá em casa que eu estarei
esperando”, dizia Orlando.
Fazíamos o que tínhamos de fazer. Sete em ponto na
Casa de Orlando, bairro Conceição.
- Não está cedo não? – perguntava.
- Não! São sete em ponto. Respondíamos embaixo do
apartamento.
“Subam e venham tomar uma para animar”dizia.
Subíamos a escada. Lá estava Orlando Cardoso. Pés
descalços, bermuda e sem camisa. Olhávamos uns para os outros e ele nem estava
aí. Mandava pegar o carotinho e depois nos servia uma cerveja gelada. Nada de
falar sobre a reunião.
O tempo passando e nós agoniados.
“Orlando, já são quase sete e meia, Já está na hora”,
pressionávamos.
Com uma gargalhada ele perguntava: “hora de quê”?
-Da reunião.
Olhava para a gente e dizia: “foram vocês que me
colocaram nessa confusão. Vocês sabiam muito bem que nunca gostei de sair à noite.
Vão lá e se virem”.
Íamos e fazíamos a palestra. Uma coisa nós prometíamos
aos eleitores: Seriedade. Podíamos fazer essa promessa porque conhecíamos muito
bem o nosso candidato.
E assim a população que já conhecia o caráter do
candidato o elegeu.
Asseguro que não decepcionou. Seguiu os seus
princípios, mesmo com tentativas de corrompê-lo. Quem tentou ouviu a frase: “Me
respeite”!
Ganhou reeleição
e 1982. Foram 12 anos de mandato. Saiu de cabeça erguida como continua até hoje
merecendo o respeito, admiração e aplausos da população de Itabuna, da Bahia, do Brasil e do mundo.
É por isso que disse no início que era fácil falar
sobre Orlando Cardoso e de Orlando Cardoso. Um homem digno, sério, competente e
que eu e toda a categoria temos a honra de chamá-lo de Amigo, de sermos seus
fãs, porque Ele é um grande exemplo!
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