No Congo, 48 mulheres são estupradas a cada hora
Um estudo científico, publicado no
American Journal of Public Health, diz que 48 mulheres são violentadas a cada
hora no Congo (África). Organizações não governamentais (ONGs) de proteção aos
direitos humanos também registram um número elevado de vítimas masculinas. As Nações
Unidas definiram o país como uma referência mundial de estupro.
No total, 22% dos homens e 30% das
mulheres do Congo já foram vítimas de violência sexual em ataques relacionados
ao conflito, segundo números de 2010. Desde os anos 1990, o Congo sofre com a
guerrilha urbana. Grupos de milicianos enfrentam as forças do governo. As
estatísticas levaram a enviada da Organização das Nações Unidas (ONU) ao país,
Margot Wallström, a classificar Kin
Shasa como a "capital mundial do estupro".
Seis milhões de pessoas já foram mortas
no conflito na República Democrática do Congo desde 1996. Hoje, a média de
mortos é 54 mil por mês. De acordo com investigações internacionais, os
estupros são cometidos tanto por milícias quanto pelas forças oficiais.
Em documentário de uma emissora de
rádio - An Unspeakable Act (na tradução livre, algo como Um Ato Sobre o Qual
não se Pode Falar) - foi ao ar uma série de depoimentos. Uma das vítimas conta
que foi estuprada por quatro homens que
mataram seu marido e seus seis filhos enquanto riam e pareciam se divertir.
Uma mulher relata ainda que os
estupradores a mutilaram, o que, segundo as investigações, costuma ser
frequente nos ataques com violência sexual. Um homem disse ter sido vítima de
abusos sexuais cometidos por integrantes do Exército, informando também que
teve a família assassinada por seus agressores.
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