Ex-presidente da Câmara e ex-diretor do BB são réus
por crimes de corrupção
O
ministro Luiz Fux aderiu, totalmente, ao voto do ministro-relator, Joaquim
Barbosa, na continuação do julgamento da ação penal do mensalão, na sessão do
Supremo Tribunal desta segunda-feira, para condenar o deputado João Paulo Cunha
(PT-SP), ex-presidente da Câmara dos Deputados, e Henrique Pizzolato,
ex-diretor do Banco do Brasil, pelos crimes de corrupção passiva, peculato
(duas vezes) e lavagem de dinheiro. Assim, votou também pela condenação
(corrupção ativa e peculato) dos réus Marcos Valério e seus sócios Ramón
Hollerbach e Cristiano Paz.
Rosa
Weber
A
ministra mais nova da Corte partiu do pressuposto de que corrupção, peculato e
lavagem de dinheiro — como todos os pagamentos e recebimentos de propinas —
“não se fazem sob a luz de holofotes”. Ou seja, ela afastou, assim como o
ministro-relator, a necessidade de “ato de ofício” para consumar o peculato, e
assinalou que a recepção por terceiro de dinheiro à guisa de propina, não
descaracteriza o crime de corrupção passiva.
A
ministra Rosa Weber deixou para “mais adiante”, no entanto, a leitura da parte
do seu voto referente ao crime de lavagem de dinheiro de que são também
acusados o ex-presidente da Câmara dos Deputados e os donos das agências
publicitárias.
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