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segunda-feira, 24 de setembro de 2012

POLÍCIA QUER PRENDER SCOOBY E BEBEZÃO






Bebezão: procurado pela polícia Foto: Divulgação (Paulo Carvalho)
 



Sete mandados de prisão, 14 passagens pela polícia e uma liderança mantida à base do terror. Esse é o perfil de Leandro Nunes Botelho, o Scooby. Apontado pela polícia como um dos chefes do tráfico de drogas do Morro dos Macacos, em Vila Isabel, o bandido se afastou da região após a implantação da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), em 30 de novembro de 2010.

Recentes registros de violência ocorridos dentro da comunidade — entre eles um ataque à sede da UPP e dois assassinatos, entre eles o de Flávio Duarte de Melo, presidente da associação comercial do morro — fizeram a polícia apontar Scooby como responsável pelos episódios.

O próprio secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, admitiu durante uma entrevista, na semana passada, que Scooby ainda representa "uma liderança" dentro da comunidade.






Scooby: sete mandados de prisão Foto: Luis Alvarenga/ 05.02.2004 / EXTRA
 
Scooby sempre dividiu suas tarefas com Jorge Vieira Araújo, o Bebezão. Também procurado, ele era o responsável pelos ataques a morros rivais, comandava assaltos na região e transportava armas para favelas.

Os dois buscaram refúgio, no ano passado, na Rocinha, onde receberam pontos de vendas de drogas para controlar das mãos de Antonio Francisco Bonfim Lopes, o Nem. Com a ocupação da favela de São Conrado, eles foram buscar esconderijo em outros territórios da facção à qual pertencem.

Disque-Denúncia

Desde que a UPP foi implantada no Macacos, 114 denúncias a respeito de Scooby chegaram ao Disque-Denúncia (2253-1177). Pelo menos dez, logo após a instalação da UPP, diziam que ele ainda mantinha domínio sobre o morro, mesmo à distância. As outras relatam que, durante esse período, andou se escondendo em morros como o Urubu, em Pilares, e do Dezoito, em Água Santa. Scooby e Bebezão também frequentaram favelas de Duque de Caxias, na Baixada.

De acordo com investigadores da 20 DP (Vila Isabel), moradores do Morro dos Macacos não colaboram com a polícia por medo de represália do tráfico. Nas conversas em becos, eles garantem, todavia, que os dois bandidos voltaram a frequentar a comunidade.

— A informação que temos é de que eles vão e voltam. Não se fixam no morro, mas estão por perto — afirmou um inspetor.

Atrás do Quatro Molas

As mortes de Flávio Duarte de Melo e Gilmar Paiva Campos, ocorridas no começo deste mês, não foram as únicas a assustar moradores do Morro dos Macacos e trazer de volta o nome do traficante Scooby. Em agosto de 2011, Marivaldo dos Prazeres, ex-presidente da Associação de Moradores do Morro dos Macacos, foi assassinado quando participava de um churrasco na comunidade.

Com desavenças com o tráfico, ele retornou ao morro, garantido que tudo estaria pacificado com a implantação da UPP. O crime aconteceu na Rua Armando de Albuquerque, mesmo local onde Flávio e Gilmar foram assassinados e onde está instalada a sede da UPP.

De acordo com investigações da Divisão de Homicídios, um homem é apontado como autor dos assassinatos: José Sérgio da Silva, o Quatro Molas, é um dos matadores da quadrilha de Scooby e Bebezão. O traficante faz parte da lista de procurados do Disque-Denúncia, onde é oferecida uma recompensa de mil reais. Contra ele, existem dois mandados de prisão expedidos.
Militares torturados

Uma das atrocidades cometidas pelo bando de Scooby aconteceu em setembro de 2009, pouco mais de um ano antes de a comunidade ser ocupada. Dois militares do Exército que voltavam de uma festa erraram o caminho e pegaram uma das entradas do morro. Eles foram abordados por bandidos que, ao revistarem o carro, encontraram as fardas dos soldados.

De imediato, eles foram levados para o morro onde passaram por uma sessão de espancamento, inclusive com o cano de armas e terror psicológico. Scooby, que coordenada toda a ação, resolveu liberar os militares, após descobrir que eles realmente não eram traficantes rivais, como haviam suspeitado.
O episódio acabou rendendo a Scooby uma condenação por sequestro, cárcere privado e roubo, já que o carro e os pertences dos militares foram levados. (Jornal Extra)

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